sexta-feira, 9 de novembro de 2012


A Semana de Arte Moderna foi um evento promovido no Teatro Municipal de São Paulo (13,15 e 17 de fevereiro de 1922). Pode-se afirmar que foi um grande acontecimento que contribuiu para a transformação cultural do país. A literatura, a música erudita e as artes plásticas em conjunto, promoveram uma nova dinâmica às diferentes formas de se expressar. Não era só a literatura que introduzia uma nova linguagem provocando um choque ou atrito com a chamada "cultura oficial". Foi um evento multimídia. A irreverente forma de se expressar chamava a atenção para os "futuristas" paulistanos que desafiavam os conceitos de arte herdados dos tempos do Brasil Império e que recebia o impulso de novas culturas: - a do imigrante que veio em massa para aqui trabalhar e viver. Já não era o português, o índio e o negro; havia agora uma forte influência européia, especialmente a italiana. A consolidação da burguesia cafeeira e a industrialização de São Paulo abriram espaço para manifestações políticas, novas relações sociais, crescimento econômico e conseqüentemente a criação de novas mentalidades.
A figura central do movimento modernista foi Mário de Andrade (1893-1945) - Poeta, romancista, voltado para a cultura brasileira, valorizou o folclore nacional. Destaque para "Macunaíma" e "Paulicéia Desvairada". Outros nomes de destaque: - Anita Malfati (1896-1964) - suas obras expressionistas chocaram pois seus quadros contrariavam os modelos bem comportados do início do século XX. Destaque para "A mulher de Cabelos Verdes", "O Homem" e "Ondas".
Victor Brecheret (1894-1955) - escultor tornou-se conhecido pelo "Monumento às Bandeiras" com um novo conceito de equilíbrio e volume. Participou da semana de arte moderna; em 1951 ganhou o prêmio nacional de esculturas, na 1ª Bienal de SP
Manuel Bandeira (1886-1968) participou com seu poema "Os sapos", transformado em verdadeiro manifesto do novo. Obras: "Carnaval", "Ritmo dissoluto", "Libertinagem", etc. Influenciou outros como Drumond de Andrade.


Tarsila do Amaral - estudou em Paris e fez grupo dos modernistas. a influência cubista foi atenuada pelas formas livres semelhantes à arte indígena. Abaporu (o homem que come) passou a ser um símbolo de antropofagia, reescrevendo a arte com olhos novos.
H. Villa Lobos -é o principal músico modernista; ele apresentou várias composições suas na semana de arte moderna, com destaque para "As Danças características Africanas".Ele soube combinar a complexidade da música erudita com a riqueza do folclore.
Oswald de Andrade - polêmico, ferino, agressivo, exuberante, agiu como um rolo compressor atacando e derrubando conceitos, transformou a prosa e o verso, abrindo novos horizontes na forma de se expressar. Criou o estilo "telegráfico".
Ainda destacaram-se outros com Raul Bopp autor de "Cobra Norato" e "Urucungo" (poemas) e livros de viagens. Lasar Segal, Lituano que veio ao Brasil em 1912, realizando uma exposição considerada histórica para o movimento modernista. Ligado ao estilo europeu do expressionismo, uniu este às cores e formas que encontrou no Brasil.
Todos os modernistas defendiam a noção de um "belo" oposto ao "belo" da natureza, a atualização da inteligência e à estabilização de uma consciência criadora nacional. De "futuristas" o grupo passou a "modernistas."

aluno:Joao Victor 

Fontes:·         Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/1984281-arte-moderna-brasil/#ixzz2BeQkIL4G


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